segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Da União Ibérica à Restauração

Da União Ibérica à Restauração

D. Sebastião, neto de D. João III, subiu ao trono em 1557, com 3 anos, assumindo a governação do país com apenas 14 anos, em 1568.
Rodeado de um grupo de nobres jovens e impulsivos, planeou fazer conquistas no Norte de África, aproveitando as lutas que aí ocorriam entre Muçulmanos.
Em 1578, partiu para Marrocos chefiando uma expedição militar de 17 000 homens que teve resultados desastrosos: os portugueses foram vencidos na Batalha de Alcácer-Quibir e D. Sebastião morreu juntamente com 7 000 dos seus soldados. Os restantes foram feitos prisioneiros.

Como D. Sebastião não tinha descendentes sucedeu-lhe o seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, que, por sua vez, morreu em 1580, sem ter nomeado um sucessor.
Surgiram então como pretendentes ao trono:
- Filipe II, rei de Espanha;
- D. António, prior do Crato;
- D. Catarina, duquesa de Bragança.

Tal como em 1383-85, os portugueses dividiram-se:
- o povo, para que Portugal não perdesse a independência, apoiou D. António, prior do Crato;
- a nobreza, o clero e a burguesia apoiaram Filipe II, rei de Espanha, esperando assim obter privilégios e riqueza.

Filipe II invadiu Portugal e D. António organizou a resistência aos invasores, tendo sido derrotado em Alcântara, a 25 de Agosto de 1580.

Filipe II foi aclamado rei de Portugal, nas cortes de Tomar de 1581, com o título de Filipa I de Portugal.
Iniciou-se, então, o período em que Portugal esteve unido politicamente a Espanha (até 1640) e que ficou conhecido como "Domínio Filipino" ou União Ibérica (reinados de Filipe II, III e IV de Espanha, I, II e III de Portugal - dinasta Filipina).
Nas cortes de Tomar, Filipe II de Espanha fez várias promessas:
- Respeitar as liberdades, privilégios, usos e costumes da monarquia portuguesa;
- Reunir sempre Cortes em Portugal e manter todas as leis portuguesas e a moeda;
- Os cargos de governo seriam apenas ocupados por portugueses;
- O comércio da Índia e da Guiné apenas poderia ser feito por portugueses;
- A língua nos documentos e actos oficiais continuaria a ser o português.
Assim, ficariam acautelados os interesses das classes altas e Portugal e Espanha passariam a ser governadas na forma de União Pessoal, isto é, dois reinos com um só rei.
As promessas de Filipe II de Espanha não foram cumpridas por Filipe III e Filipe IV (de Espanha).
Para além disso, a Espanha estava em guerra com a Inglaterra, França e Holanda e Portugal sofreu com isso.
As terras portuguesas em África, no Oriente e no Brasil foram, então, atacadas e os portugueses obrigados a combater nos exércitos de Espanha e a pagar mais impostos.
Por todo o reino surgiram revoltas populares (motins).
A mais conhecida foi a Revolta do Manuelinho, movimento iniciado em Évora, a 21 de Agosto de 1637, contra os aumentos dos impostos decretados pelo Governo e que rapidamente alastrou a outras partes do reino. A intenção desta revolta era a de depor a Dinastia Filipina e restaurar a independência de Portugal. Uma outra havia sido o "Motim das Maçarocas, no Porto, em 1628.
O descontentamento do povo acabou por alastrar à burguesia e à nobreza, levando, esta última, a conspirar e preparar uma revolta.
Assim, no dia 1.º de Dezembro de 1640, um grupo de nobres assaltaram o Palácio do Governador em Lisboa e tomaram o governo do reino.
Portugal recuperou, deste modo, a independência e D. João, duque de Bragança, foi aclamado rei - D. João IV - iniciando-se a quarta dinastia ou dinastia de Bragança.

Seguiu-se um longo período de 28 anos de guerra: a Guerra da Restauração. No entanto, a 1.ª batalha entre Portugueses e espanhõis ocorreu apenas em 1644 (batalha do Montijo)
Preparando-se para a guerra, os portugueses organizaram um exército permanente, construíram fortalezas, estabeleceram alianças com outros países (Francça e Inglaterra) e desenvolveram a indústria de armas.
Só em 1668, era rei D. Afonso VI (D. Pedro era o regente), terminaram as guerras da restauração com a assinatura de um tratado de paz entre Portugal e Espanha. Esse tratado estabelecia a independência de Portugal e os limites fronteiriços.
 
Para treinar:
http://www.eb23-cmdt-conceicao-silva.rcts.pt/sev/hgp/10.1.quiz.htm

2 comentários:

  1. já fiz esses exercícios e já imprimi o resumo para estudar, obrigada por meter aqui o resumo, stor! :D

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